Amores não são substituíveis. Mas há aqueles que nascem do fim. Da solidão. Do ombro amigo.
Há os que nascem para serem platônicos. Ou para ocupar o vazio e ser somente amor futuramente. Ainda existe o que se pressente, que mesmo distante está presente.
O que cura um amor não é outro. É resolver-se. Mais com você do que com o outro. Ou então, é só mágoa guardada. Ferida mal cicatrizada. Amor não é certeza. É a inquietude de um futuro a dois. Não é perfeição, sim compreensão.
É muito comum confundir amor com paixão, mas quando se ama é impossível não reconhecer as ilusões do amor irreal. E quando se decepciona com o amor percebe-se que ele é uma vida, mas não a sua vida. É a vida de dois, que precisa de dois e que tem alma imortal, mas que o fim nem sempre é a eternidade.