8 de agosto de 2012

Um voto pela qualidade



O Senado aprovou, na noite desta terça-feira (7), por 60 votos a favor e 4 contra, a proposta de emenda constitucional 33/2009, que estabelece a exigência do diploma de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão.

Ao contrário do que algumas pessoas, em especial o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que classificou como uma aberração a exigência do diploma, acredito sim que esta é uma barreira aos maus jornalistas.

Assim como em outras profissões, não é o diploma que vai nos defender totalmente do mau jornalismo, da manipulação midiática e das barrigas. Mas este é o filtro que vai nos livrar pelo menos da ignorância completa sobre o que é ser um jornalista.

Nem toda pessoa alfabetizada é capaz de escrever um texto coerente, coeso e atrativo, porque então qualquer pessoa que saiba escrever um bom texto pode ser considerado capaz de entender o valor da notícia, a diferença dos públicos e a importância disso em uma sociedade?

Se ainda se formam maus jornalistas o problema não está no diploma e sim em quem o fornece. Que tal gastar esse tempo fiscalizando o que já está errado, ao invés de procurar pêlo em ovo?

"A emenda terá ainda de ser votada em primeiro e segundo turno na Câmara dos Deputados. Se for modificada na Câmara, volta para nova apreciação do Senado. 

Por se tratar de uma proposta que modifica a Constituição, na hipótese de passar por todas as etapas no Congresso e vir a ser posteriormente sancionada pela presidente da República, a medida passa a vigorar, mesmo com a decisão anterior do Supremo, contrária à exigência". (G1)

7 de agosto de 2012

Quem dá pitaco sou eu

Pronto para falar de esporte? Então você tem destino certo. Direto no ponto. No fundo da rede. Um goool de opinião. Acesse o Blog .G



6 de agosto de 2012

Grata surpresa



Enfim o Esporte Espetacular voltou a fazer um tipo de jornalismo que muito me agrada. Confesso que este domingo (5), meus olhos marejaram e evitei pisca-los por momentos para não perder nada das reportagens.

Este final de semana voltei a entender porque gosto tanto de futebol, esse esporte tão criticado pelos mais letrados e tão pouco entendido por alguns "torcedores", que ainda não aprenderam o que é ser um torcedor de verdade.

Você que não assistiu não deve estar entendendo nada, mas vou explicar. Neste domingo, além daqueles quadros modernos e diria bobos, como os profetas do brasileirão, por exemplo, também foram apresentadas belíssimas reportagens.

A primeira delas que me deixou realmente emociada foi sobre o jogo histórico da região Sul contra a Seleção Brasileira. Não conhecia a verdadeira razão desse jogo, mas fiquei surpresa por traduzir tão bem o que é ser torcedor.

O jogo aconteceu porque os sulistas não se conformaram em ver um jogador da região, que se destacou na Copa de 1972, ser deixado de fora da seleção, então resolveram mostrar o valor do sul brasileiro.

Para quem não entende porque as pessoas torcem por clubes, compram camisas, saem de casa aos domingos com a família para assistir uma partida, aí vai a explicação. Não são só camisas, são ideologias, preferências, nacionalismo, regionalismo, tradição.

O futebol fortaleceu lutas, como a inclusão do negro nos esportes, deu uma mão a causas sociais. Isso me faz lembrar de uma outra reportagem. Sobre a campanha para doação de sangue da equipe do Vitória.

O clube que tem a camisa semelhante a do Flamengo, vermelha e preta, apareceu em uma partida com a camisa preta e branca. Isso causou muito estranhamento em toda a torcida, mas logo veio a explicação. Era uma campanha para aumentar a doação de sangue no estado da Bahia. Quanto mais os torcedores do clube doassem sangue e o estoque no estado aumentasse as listras vermelhas reapareceriam na camisa. Genial!

Parabéns Esporte Espetacular! Acertaram em cheio.