3 de julho de 2010

E depois da Copa...

Joãozinho fazendo seu dever de casa:
-Mãe, cadê o GRAFITE?
-O DUNGA levou meu filho.
-DUNGA cadê o GRAFITE?
-Joãzinho vê em cima da mesa.
Após alguns minutos...
-E ai Joãozinho o GRAFITE tava na mesa?
-DUNGA você não o deixou nem no banco.

Mas que sonho?


Alguns dizem que o sonho acabou. Mas que sonho? Só se foi o do Dunga de ganhar o tão esperado hexa com um desânimo desesperado. Ou então o de muitos, de ter a chance de dizer que o Dunga estava errado. Se for assim não acabou, se realizou.

Eis uma conta difícil. Eram mais os que torciam pela seleção? Ou os que torciam contra o técnico? Os que falavam do nosso meia armador que tanta falta fez na sua forma ideal? Ou os que acreditam que mais falta fez em sua meia forma contra Portugal?

A soma era maior dos que desfilavam com a camisa do Messi por gosto ou desafio. Mais as meninas que admiravam ensaios italianos apontando as barriguinhas brasileiras? Ou das camisas amarelas confiantes, mais os grandes lances nos bolões daqui e dali?

Dos 23 convocados 3 jogavam no Brasil. Em anos que não são de Copa, das 23 camisas nacionalistas que vejo na rua talvez 3 tenham nossa bandeira.

Se tem algo a ver?

Se vivêssemos em um país de menos pão e circo, seriamos mais confiantes. Vestiríamos mais nossa bandeira. Teríamos melhor condição de vida. Mais investimento no esporte. Não precisaríamos exportar nossos craques. Teríamos mais opções no Brasil para escalar a seleção. E então, com todos felizes e confiantes ganharíamos a Copa ou as Copas. Tudo isso é claro no futuro do pretérito.