13 de novembro de 2010

Fala sério


Desculpas e mais desculpas. Essa é a explicação para o Morumbi não ser o estádio paulista a sediar jogos da Copa de 2014. Primeiro era por causa de estacionamento e dificuldade de acesso. Depois porque o tricolor não teria dinheiro para custear as obras. Blá, blá ,blá.

Mas a Fifa deve saber o que faz. E o senhor "Ricardo Teixeira Não Compro Brigas" também. Minhas congratulações aos senhores pela solução encontrada. Construir um estádio perfeito em três anos, no interior de São Paulo. Que tal deixar São Paulo fora disso e fazer a abertura da Copa no Serejão? É um estádio bem localizado. Fica em Taguatinga, Distrito Federal. Além é claro, de ser de propriedade do governo do DF, que tem um orçamento invejável. Dinheiro! Dinheiro!

O Lula bem que podia fazer alguma coisa. Ah é... ele é corintiano.


Acordei


Sim, é isso que eu quero. Não sei se não acredita. Se não aceita. Ou somente quer me convencer do contrário. Mas sim, é isso que eu quero. Eu não me desgastaria, passaria 19 anos lutando e choraria tanto, mesmo que escondida, por algo que não tivesse certeza.

Se eu errei? Inúmeras vezes. Até em coisas que julguei agir corretamente, muitas vezes fui tola. Ou somente me aventurei. Inocentemente. Prazerosamente.

Nunca amei em vão. Hoje amo tudo, odeio tudo. MAS AMO AS COISAS QUE DESEJEI AMAR. Porém, humildemente confesso que não sei se depois de tudo e antes de tanta coisa ainda terei forças para continuar.

Se eu parar por aqui. Se abandonar o barco a poucos metros do cais. Peço aos navegantes desse sonho não deixem que ele se afaste tanto, que não possam mais controlá-lo. E que não acreditem que fraquejei, eu só resolvi acordar.


8 de novembro de 2010

Doutores da sopa

Foto: Blog Juntos Somos a Mudança

Nada melhor que uma sopa quentinha para esquentar o frio da madrugada. E também, pelo conforto que traz após um dia de trabalho duro. Imagine então se tiver passado o dia sem comer, a espera de atendimento num hospital público.

Se hospital é um lugar de dor? Pergunte para seu Paulo José que foi traído pelo itinerário do ônibus e se abrigou em uma das tantas unidades de saúde. Trabalhador, sem condução para vencer os muitos quilômetros até sua casa encontrou ali a segurança de um lugar vigiado. O conforto de um banco. E o alimento. E que alimento! Que já lhe serviu de manjar por outra vez. Ainda guardava na carteira a lembrança da última ceia, do último abandono.


5 de novembro de 2010

Gente Nova


Projeto vencedor do concurso 24h de Comunicação


"A idéia do projeto surgiu da sutil particularidade encontrada em cada um dos membros, tão distante da realidade vã e tão próxima da insanidade de coisas que talvez nem existam. Particularidade, essa deve ser a palavra que nos defini, ou será a própria PALAVRA que nos une? "


Prêmio: Publicação no Jornal de Brasília

Agradeço aos meus companheiros de equipe Arisson Tavares, Naiara Sousa, Sheila Souza e Thamis Maia. Ao imprecindível colaborador Isaac Antunes. E especialmente a nossa orientadora Kátia Sleide.

23 de outubro de 2010

Estou passando por uma fase...


Estou na fase de sempre
Estou mudando constantemente
A cada dia estou diferente
Mas a essência é igual por mais que tente

Eternamente amando
Como já me disseram...
Amando a vida
Na brincadeira e falando sério

Experimentando amores novos
As paixões que para minha vida escolhi
E a cada dia mais certa
De que estou chegando e nem percebi

Amo meu passado, tudo que errei e acertei
Estou vivendo o presente que sonhei
Pensando no futuro
Que esta mais próximo que planejei.



18 de setembro de 2010

Ainda tenho 3 horas



Às vezes me pego reclamando da vida. Dos dias, do trabalho, das aventuras. Não vejo mais as alegrias, elas ficam meio perdidas entre tantas adversidades.

Sonho limitado, pensando nas dificuldades. Busco timidamente, tentando ter menos frustrações. E por fim... não me realizo, relembrando como em djavu inacabável os tropeços do caminho.

Parei de beber. Não amo mais. Se faz sol ou se chove, nem me interessa mais. Nas rimas que um dia lia em busca de versos de amor. Leio buscando linhas que deem vazão ao que não sou.

O estresse do dia não deixa neurônios saudáveis para aproveitar as boas companhias. O meu cérebro já meio deficiente não tem mais espaço para tanta nova informação. Tive que deletar algumas delas. -Como me chamo mesmo? E também tive que NÃO guardar algumas coisas. -Não lembro se ontem meu bem disse que me amava.

Quem eu sou? Eh... Quem eu sou? O que eu quero?

-Talvez eu tenha escrito em algum lugar. Se um dia eu encontrar te respondo.
É difícil saber tanta coisa, já não chega ter que lembrar que PI é igual a 3,14.

-Para que serve PI? Não sei, mas sei quanto vale.

Chega desse assunto. Cansei. Vou desligar a TV, não sei nem o que estava passando.

-Além do mais tenho que ir dormir, pois só me restam 3 horas até começar tudo de novo.


Não se fala mais de amor


Quando passam as tempestades

Quando findam-se as tardes
Quando pensa-se em salvar o amor
Já morreu até a amizade

Não se compartilham mais os problemas
Nem há tempo para dividir alegrias
Quando acaba o desejo sexual
Vê-se que há muito só restou monotonia

Não há mais encantamento
Não é mais assim que se ama
Tudo acaba na internet
Mas o meio termo é a cama

Não existe mais eternidade
Nem a tampa de cada panela
Ninguém se entrega mais
Pois só restou o medo da queda



4 de agosto de 2010

Quero tudo de você


Já que não te esperei,
Que antes de me acontecer te neguei,
Que mesmo assim te aceitei,
Que hoje me apaixonei.

Enfim... já que me entreguei,
Que nem mesmo te evitei,
Que não te planejei,
E foi mais do que esperei.

Quero tudo de você.
Quero não te esperar para jantar,
Quero não esperar você me amar,
E quero ver você me decepcionar.

Chegar quando não te chamar
Me beijar quando ninguém mais olhar
Até mesmo por hábito
Não parar de me amar.

Quero o futuro a dois
Quero não me oculpar com o depois
Quero viver com você só o presente
E a cada presente te amar eternamente.



2 de agosto de 2010

Esta moça me inspira

Mais um comentário no blog da Sheila...

O cansaço é natural... da vida, das pessoas. As decepções mais que naturais, necessárias.

Negar o amor não é normal, não acrescenta. É apenas o resultado. Resultado das somas e subtrações de uma paixão, daquelas avassaladoras. Amor quando é amor não machuca, não flagela. E isso não é ilusão de uma garotinha, é a experiência de uma mulher.

3 de julho de 2010

E depois da Copa...

Joãozinho fazendo seu dever de casa:
-Mãe, cadê o GRAFITE?
-O DUNGA levou meu filho.
-DUNGA cadê o GRAFITE?
-Joãzinho vê em cima da mesa.
Após alguns minutos...
-E ai Joãozinho o GRAFITE tava na mesa?
-DUNGA você não o deixou nem no banco.

Mas que sonho?


Alguns dizem que o sonho acabou. Mas que sonho? Só se foi o do Dunga de ganhar o tão esperado hexa com um desânimo desesperado. Ou então o de muitos, de ter a chance de dizer que o Dunga estava errado. Se for assim não acabou, se realizou.

Eis uma conta difícil. Eram mais os que torciam pela seleção? Ou os que torciam contra o técnico? Os que falavam do nosso meia armador que tanta falta fez na sua forma ideal? Ou os que acreditam que mais falta fez em sua meia forma contra Portugal?

A soma era maior dos que desfilavam com a camisa do Messi por gosto ou desafio. Mais as meninas que admiravam ensaios italianos apontando as barriguinhas brasileiras? Ou das camisas amarelas confiantes, mais os grandes lances nos bolões daqui e dali?

Dos 23 convocados 3 jogavam no Brasil. Em anos que não são de Copa, das 23 camisas nacionalistas que vejo na rua talvez 3 tenham nossa bandeira.

Se tem algo a ver?

Se vivêssemos em um país de menos pão e circo, seriamos mais confiantes. Vestiríamos mais nossa bandeira. Teríamos melhor condição de vida. Mais investimento no esporte. Não precisaríamos exportar nossos craques. Teríamos mais opções no Brasil para escalar a seleção. E então, com todos felizes e confiantes ganharíamos a Copa ou as Copas. Tudo isso é claro no futuro do pretérito.

30 de junho de 2010

Mãe quero ser comentarista

Eu quero é ser comentarista. Ser jogador é difícil demais. Tem que ter habilidade, sorte e ainda ser simpático para agradar a torcida.
Para ser técnico, principalmente no Brasil, tem que suar a camisa. Aqui se troca de técnico como mulher troca de sapato.
Agora pense comigo... Todo mundo da palpite em jogo de futebol. Para comentar jogos. basta ser jornalista, ex-jogador de futebol, ex-técnico, fazer umas piadinhas sem graça ou ler umas revistas de fofoca para falar durante a partida. Eu quero é ser comentarista.
Além do mais se um jogador vai mal em um jogo anula todos que foi bem. Se o técnico erra é responsável pela derrota do time inteiro. Até porque não dá pra perder o ataque e a defesa ganhar. Ou dá. Quando o resultado é 2 a 0 por exemplo. Enfim.
Comentarista não. Se dá o palpite certo é expert. Se dá alguma coisa errada acontece.

28 de junho de 2010

Sobre o texto de Sheila Souza...

EU NÃO SEI FAZER AMOR
O problema é que aprendemos a fazer amor, não a dar amor.
Talvez as mulheres precisem mesmo não de alguém que as compreenda, mas que as ame.
Talvez os homens não procurem princesas sim mulheres de verdade.
Talvez os relacionamentos não deem certo. Porque talvez não se relacionem por amor.
É preciso que as mulheres parem de rotular suas decepções como a procura pelo seu principe. E os homens parem de disfarçar seu medo de dar amor a sua necessidade fisiologica.
Os principes ainda existem e as princesas ainda querem alguem para as salvar. O que morreu foi a coragem de ser humano.

27 de junho de 2010

Alguma coisa morreu



Se é preciso falar das flores? Na verdade não. O mundo esta precisando mesmo é enxergar as flores. Ando sendo invadida por uma vontade imensa de lidar com seres humanos. Estamos na era da globalização, mas não precisamos virar máquinas.

Venho sentindo muito frio. Vou almoçar e pego o cardápio num balcão, ou o vejo fixado na parede. Compartilho a mesa com pessoas desconhecidas e que nem me esforço em conhecer. Pago a conta com cartão, não sinto nem o calor dos dedos do caixa ao passar o dinheiro.


As famílias não se encontram mais pelo desencontrar das rotinas. Se preciso de um favor ou quero tirar uma dúvida, mantenho contato com minha arvore genealógica por telefone. Trabalho com um computador, estudo com um computador, faço amigos pelo computador.


Estou na Copa do Mundo e vejo camisas amarelas vibrantes contrastando com faces apáticas. Brasília passou alguns dias sem transporte público e nos limitamos a pegar caronas, transportes irregulares e caríssimos, ou simplesmente a ficar em casa, e pronto. Talvez a passagem que já é a mais cara do Brasil aumente, e pronto.


Estamos em ano eleitoral e pouco se sabe do que esta para acontecer. Acho que para isso serve a Copa. Melhor torcer para jogos frios do que entrar em debates quentes.


Cada dia o dia fica menor. Cada mês o dinheiro acaba mais rápido. Ano a ano tem-se que aprender mais e mais rápido. Os amores são sempre um pouco mais fugazes. E a nossa maneira aprendemos a ser “canibais”. Ninguém mais me convence. Tenho absoluta certeza. Alguma coisa morreu.

9 de junho de 2010

Eu estou mudando. Quer dizer...


Se é difícil ser sincera? Que pergunta é essa? Claro que é difícil. E o pior que isso é algo nato. Complicado mudar.

Não há como ser sincero e delicado. São opostos. Aí você fala a verdade e as pessoas acham LOUVÁVEL, mas no dia que diz uma verdade ruim de ouvir, que não querem que você diga, dá um salto inexplicável de digna de confiança para grosseira. É um choque! Ainda mais quando se é um sincero inveterado. 


É assim... Você vê que as rejeições nesse mundinho de mentiras são inúmeras! Parece que você é odiado pelo universo. E mais alguns paralelos. 

Daí você constata que tem que mudar. Na vã tentativa de mudar começa a GUARDAR PRA SI certas verdades, mas é tão fragrante sua sinceridade que parece que na verdade você virou um mentiroso. E quando solta uma frase dura demais dizem "Mas você não estava mudando?". Fala sério!

E o conflito interior então. É o seu eu sincero brigando com o seu mundo mutante. E nessa guerra quem perde é você. Não só a mente. Você no total. 

Some sua mente, sua alma, seu corpo, seu raciocínio matemático, científico, sociológico, sua memória, suas relações... o resultado é nada.

Sintomas: Começa-se a despertar mais rancores que anteriormente. Se muita gente te odiava pense na possibilidade de até você se odiar às vezes.


A memória que talvez não fosse das melhores, agora se resume a uma xxxxx.


Que saber... finge que não ouviu minhas verdades. Que eu finjo que não fui grosseira.


31 de maio de 2010



Quando tem uma porta aberta e uma fechada a maioria das pessoas vai pela aberta. É mais fácil.
E você?

As pessoas gostam de portas abertas.

Eu...

De abrir portas.


Continua o frio na barriga


A desconfiança quanto a Seleção Brasileira ainda não acabou. Esperava-se que com a convocação do técnico Dunga no dia 11 de maio a tensão fosse acabar, porém só aumentou. Com nomes como Kleberson (Flamengo) e Grafite, além da ausência de Adriano, Ronaldinho Gaúcho e as revelações do Santos, Neymar e Paulo Henrique Ganso a torcida esta apreensiva.

A certeza ou bronca sobre a escolha de Dunga só será amenizada após o resultado do primeiro jogo contra a Coréia de Norte. Se o Brasil ganhar o técnico terá sido coerente ao deixar jogadores tão jovens e outros sem motivação fora da lista. E também visionário convocando Grafite que só atuou em um jogo com a Seleção, ficando em campo somente 20 minutos. Caso contrário será louco de não apostar em cartas marcadas como Ronaldinho e, o imperador, Adriano.

A tarefa não é fácil. O grupo do Brasil das eliminatórias é composto por Portugal, Coréia do Norte e Costa do Marfim. Segundo comentaristas o adversário menos difícil é a Coréia, pois os outros dois podem ser uma pedra no sapato. Mas quem está numa situação um pouco mais complicada é a anfitriã África do sul, enfrenta México, França e Uruguai.

Agora só resta esperar ansiosamente os resultados.



10 de maio de 2010

Para salvar (explicar) um grande “amor”



Sabia que nós fomos feitos uma para o outro? Nós somos bons separados e juntos somos melhores em nossas falhas. Você me completa incrivelmente.
Se fossemos somente conhecidos provavelmente faríamos o impossível para sermos mais próximos.



Se fossemos grandes amigos talvez nos magoássemos menos, ficássemos mais tempo juntos.


Mas mesmo com as barreiras e problemas que surgem com o namoro eu arrisco nosso encanto e nossa amizade para poder te amar. Porque não consigo imaginar ou enxergar outra pessoa que eu queira tanto ao meu lado quanto você.


Você me fez mudar muito e eu sei que também mudei algo em você. Apesar de não gostar muito de mudanças, de me sentir tão presa a alguém agradeço por tudo que representou para mim.


Ainda sou um pouco arrogante, autoritária, egoísta. Mas também sou mais flexível, humana, compassiva.



Era mais fácil ser como antes. Mais indolor. Mas ainda sim reconheço que não era o melhor, nem para mim, nem pros outros. Uma prova disso é a sua desconfiança. Ainda sei que vou colher muitos dos frutos das coisas que plantei e que ainda não estou nem perto da perfeição.



Pena que eu não consiga te mostrar o quanto mudei e fiz por nós. Mas eu não pretendo te deixar, e sei que um dia você vai entender o quanto isso é sério para mim. E que talvez você não me conheça de verdade.



7 de maio de 2010

Antônimos


No ano do aniversário de meio século da Capital Federal, Brasília precisa ser vista de forma mais peculiar. Cidade “concreto”, agora cheia de colorido. 

Calma e séria, revelando seus monstros. Bela, mas obscura. Símbolo de poder e repleta de gente sem identidade. Se pudesse definir a cidade em uma palavra seria “antônimos”.

Devemos analisar mais criticamente a visão que nos habituamos a ter da cidade. Uma vista da janela. A falta de tempo e o “ritual” do dia a dia, engessa nossas ações e impede que desfrutemos das obras e belezas da cidade palpavelmente. E também faz com que nos acostumemos com certas noticias e revelações. E fiquemos apáticos.


Só para relembrar... é ano de eleição!



Passos


Comentário postado no texto "Amor"

Se você luta por algo e quando o consegue não sabe o porque o fez, é porque na verdade nunca soube o que queria. Foi levado puramente por ilusões e emoções mal interpretadas. E até mesmo a emoção, sem razão é decepcionante.

Arrepender-se de algo que fez é natural e compreensível, isso quando aprende-se algo com isso senão é pura perda de tempo.

Já a sensação de plenitude ao se fazer ou não alguma coisa alcança-se não no ato de fazer ou não, sim na certeza de agir da forma que gostaria que agissem com você.

Não há tormento quando age-se com certeza e honestidade, mesmo que cumule-se num erro.


3 de maio de 2010

Adeus


Há dias que acordo
Com vontade de matar alguém
Que deito sentindo-me
Desse maldito mundo refém

Que durmo decidida
A perder o medo e me declarar
Que tenho insônia
Ansiosa para parar de me enganar

Já desejei que de verdade
O mundo fosse acabar
Sô assim meus netos
Não viveriam nesse mundo vulgar

Dá vontade de falar o que sinto
Mas dizer a verdade tem um preço alto demais
Se disser perderei minha pouca liberdade
E serei expulsa da casa de meus pais

Sou indigna de viver neste mundo
Acho que sou sincera demais
Não consigo ser tão medíocre
Nem mais idiota que os demais

Me recuso a respirar esse ar
A usar máscaras todo o tempo
Me recuso a amar
Com esse coração de cal e cimento


17 de abril de 2010

Um novo amor



Amores não são substituíveis. Mas há aqueles que nascem do fim. Da solidão. Do ombro amigo.


Há os que nascem para serem platônicos. Ou para ocupar o vazio e ser somente amor futuramente. Ainda existe o que se pressente, que mesmo distante está presente.

O que cura um amor não é outro. É resolver-se. Mais com você do que com o outro. Ou então, é só mágoa guardada. Ferida mal cicatrizada. Amor não é certeza. É a inquietude de um futuro a dois. Não é perfeição, sim compreensão.

É muito comum confundir amor com paixão, mas quando se ama é impossível não reconhecer as ilusões do amor irreal. E quando se decepciona com o amor percebe-se que ele é uma vida, mas não a sua vida. É a vida de dois, que precisa de dois e que tem alma imortal, mas que o fim nem sempre é a eternidade.




16 de março de 2010

Auto biografia de crise


Meu problema com o mundo é que acredita-se em uma menina que não existe. Nem mesmo eu sei o que em mim é meu.

Tenho tantas características frágeis para não serem humanas e caricaturadas para não serem de alguém inventado, que é difícil compreender.

Em casa sou frágil, inconstante, despreparada. Na rua asilo inviolável, mimada e por fim decepcionante. Para os que já me ouviram discursar, uma jovem sonhadora, forte, inabalável, surpreendente de uma forma quase assustadora e madura demais para poucos anos.

Sublinho uma atriz, poeta, comentarista. Sim comentarista. De futebol, política, disso, daquilo... Tenho um humor ácido. Um mau humor constante. E um cérebro tórrido.

Ao contrário do que se espera, tive que aprender a chorar, a sentir. Tive que aprender a falar de pessoas e não de desafetos. De experiências e não de restos.

Não dá para me olhar sem apontar os defeitos, eu entendo. Nem para me escutar sem sentir um breve preconceito, compreendo. Mas há tanto em mim que é difícil acreditar. E tão pouco que é natural se decepcionar.


15 de março de 2010

A "gravidez" do problema


A capital federal está gestante de nascituro cujo pai é a corrupção.

Após a ecografia de ótima qualidade, pudemos tomar conhecimento do quanto estamos envolvidos neste “caso amoroso”.

Não há ainda como saber o sexo desse problema. Se será uma bela guinada e sacudida na democracia. Ou mais uma demonstração da ineficiência do julgo popular.

São muitos os efeitos colaterais da gravidez. Náuseas (em filas de hospitais envergonhantes), agressividade (no trânsito de via em obras infindáveis), que contrastam com muito pesar e sentimentalismos (afinal, há pobres larápios encarcerados).

A nossa independência e democracia, após parto de alto risco, encontra-se na UTI. Alguns acreditam que o melhor tratamento é uma intervenção. Para outros é que nada se faça e permaneça-se com este “menino” defeituoso, o que nos libera da culpa por gerar outros “meninos” defeituosos.

Sugiro uma nova técnica cirúrgica que está sob o julgo de especialistas temerosos, afinal o próximo atingido pode ser o próprio. Trata-se de deixar estéreis os pais de mau-caratismos.

Acredito que ainda não se entendeu a “gravidez” do problema.

Que sugere?

Se ainda não tem uma opinião, saiba que perdão é divino e necessário. Mas apatia, ignorância e fraqueza.


É esse...


O que torna uma pessoa virtuosa nem sempre é a quantidade de pequenas qualidades que possui. Sim aquela qualidade tão forte que exala e deixa marcas onde passar.

O que nos leva ao céu não são as inúmeras coisas boas que fazemos e espalhamos aos quatro ventos. É aquele bem que se faz em silêncio, sem esperar nada em troca.

E o amor verdadeiro não é o eterno enquanto dure, nem o que dura muito até um dos que ama morrer. É aquele que nasce tranqüilo e inevitável. Cresce surpreendentemente. E dura até o fim.


E o fim não é a morte ou cansaço do corpo, é mais que a paixão e menos que a amizade.



13 de março de 2010

Trocas


Vi a chuva cair
Tropecei na tua bela figura
Rasguei as cartas do passado
Para talvez refugiar a amargura

Muitas vezes dormi na escada
Outras no meio da rua
Já corte os pulsos
Já neguei que fosse sua

Corri sem rumo pela cidade
Já fiz algumas amizades
Troquei sandálias po tênis
E mentiras por verdades

Despedi as mágoas do meu peito
Deixei de lado meus trejeitos
Aceitei minhas imperfeições
Descobri que o amor não é perfeito


4 de março de 2010

Cenário, cena e holofotes


          Política e amor, assuntos que todos julgam conhecer. Que apresentam traços característicos. Transformam brutos em homens bons e idealistas. Inconstantes. Existiu a ditadura Militar e a de Fidel, semelhantes e completamente diferentes. Existiu o primeiro amor, há o amor maduro; não iguais, mas amores.

          A visão política depende do cenário em que se dá e se discute. Costuma-se votar ou defender, não pelo texto, mas pela cena que se faz deste. O que é dito não é importante. Os bastidores menos ainda.

          O que se discute hoje sobre política? O que está sob os holofotes. Este pode-se traduzir por imprensa, talvez... E o resto? Ou estão no escuro do palco esperando para que sejam iluminados, ou se Deus permitir que não. Ou mesmo da coxia de onde nunca sairão para entrar em cena, ser analisados.

          Política é um assunto inesgotável, é inevitável. E também muito traiçoeira. Você votou no Arruda? Está se sentindo enganado? Acontece.


23 de janeiro de 2010

Dio soi asi (rs)


Eu sou tão difícil
Que a convivência parece impossível 
Eu sou tão fácil 
Que chego a ser previsível 

 Sou uma idealizadora 
Que não consegue tirar o pé do chão 
Sou uma sonhadora Incrédula, 
mas que não sonha em vão

Uma egoísta, grosseira e barulhenta
Cabeça dura, crítica, desafinada 
Carinhosa a meu modo e leal 
Eclética, inteligente e engraçada 

Que se arrisca em poesia, ama teatro 
Uma apaixonada por música e futebol 
Quiçá uma jornalista 
Da esquerda, mas que luta em prol... 

Tradicionalista revolucionária 
Amante das características da família Oliveira 
Que crê em Deus sobre tudo 
E tem orgulho de ser brasileira.


10 de janeiro de 2010

A vida...

       
É mesmo muito engraçado como a vida é. Ou melhor, me deixe reformular essa frase. É muito engraçado como julgamos a vida e seu jeito de ser.

Enquanto estamos em êxtase com as novidades acreditamos verdadeiramente em coisas como felicidade e eternidade. Porém basta que algo saia do rumo esperado para acharmos que a vida não é mais que uma caçada vã a metas ilusórias de realização.

Então imaturamente começamos a lembrar a todo instante dos maus frutos e esquecemos os bons apodrecendo ao chão. Começamos a culpar os outros por nossas fraquezas. E buscar em Deus o refúgio e o carrasco da nossa alegria.

Se pude experimentar algo em meus poucos anos de vida e dessa vivência abstrair alguma certeza. Foi que Deus sabe o momento e a maneira certa de tudo. E nossas frustrações são uma forma de aprender e amadurecer algo em nós. Quem sofre a vida inteira é porque não sabe aprender com seus erros e os erros do outro. Muitas vezes a vida não é tempo suficiente para cometer todos os erros. Quanto as pessoas... não existe a pessoa perfeita. Amar é saber aceitar alguns desses defeitos, saber amar e também saber ser amado.