Sou ansiosíssima e não
sei se isso é um defeito ou qualidade. Quero tudo e quero já. Me frustro por
isso, mas quem disse que a vida tem uma lógica perfeita.
Muito do que quis pra
ontem até hoje não aconteceu e coisas que planejei pra mais tarde foram acontecendo
fora do meu controle. Isso tem o dedo mágico de Deus. Se seria melhor se fosse
como planejei? Sinceramente não sei, mas confio nos planos de Deus para mim.
Hoje sou feliz como sou
e estou. Não completamente, pois o ser humano é o bicho mais insatisfeito
criado por Deus, mas estou me achando.
Se tudo foi bom ou como
esperei? Claro que não! Mas são esses desgostos e tropeços que me dão a oportunidade
de saber exatamente o que gosto e lapidar meu jeito de ser.
Ainda não sou amada por
todos, sou muito impaciente, um pouco orgulhosa, mas muita coisa mudou.
Continuo gostando de futebol, amando música e odiando apaixonadamente
jornalismo, mas em contrapartida estou gostando de comidas que sempre odiei,
falando com pessoas que juguei sem conhecer, aprendendo a agradecer quando a
vontade é reclamar e reclamar.
Ainda falta um universo
de atributos para eu ser perfeita. Atributos estes que nunca vou alcançar
completamente, mas estou aberta para o mundo sem abrir mão de meus princípios.
Se isso é maturidade?
Acho que não. Ainda pulo amarelinha quando vejo uma desenhada na rua. Ainda me
entupo de doces quando dá vontade. Ainda brinco de lutinha com o Isaac. Gosto
de comer a comidinha da minha mãe, de quando ela briga comigo, de atrapalhar
minha colega de trabalho, e muitíssimas outras criancices, e amo ser assim.
Estou tentando me
aperfeiçoar de uma forma mais leve, afinal a vida já é pesada demais. Um
exemplo... Colei uma lista na minha mesa de trabalho com 33 maneiras de se
manter criativo, ainda não cumpri nem metade delas, mas para ficar menos
culpada cumpro a número 31 todo dia “Limpar meu local de trabalho”. (Risadas) E
fazendo isso também cumpro a maneira número 6, “Parar de me punir”.
Você deve estar
pensando que estou passando a perna em mim mesma, mas esse é só o meu jeito de “ser
de outro mundo”. Opa, essa é a maneira número 5. E ai vou a caminho da criatividade!
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